segunda-feira, 7 de maio de 2012

Ligando uma coisa à outra

Não existe tema mais atual do que a tecnologia e o quanto ela influencia nossas vidas. Acredito que a gente esteja em um momento onde somos bombardeados com um novo modelo de qualquer coisa que parece vinda diretamente dos anos 3000 para 2012 até que no dia seguinte esse "novo modelo" é substituído por outro. E assim a publicidade nos faz querer um celular/uma câmera digital/um laptop novo a cada dia. O mesmo ocorre com os assuntos nas redes sociais: hoje estamos comentando exaustivamente o assassinato brutal de uma criança de classe média e amanhã só falamos sobre a mulher que matou um cachorro à pauladas. Mas não é sobre isso que eu quero falar. O que me levou a escrever esse texto foi um conceito (ou uma ideia, sei lá) muito associado à internet: links.

Você resolve pesquisar na internet uma crítica sobre um filme que você quer muito ver e prefere se certificar antes se ele tem sido elogiado ou não. No site da crítica sobre o filme tem um link para uma outra página que fala sobre o ator principal desse filme. Nessa página há o link para várias matérias sobre ele, uma delas aborda sua experiência numa clínica de reabilitação. Você decide ler sobre isso e ao lado dessa matéria aparece um destaque sobre uma mulher que fugiu da reabilitação pela porta da frente e daí você se direciona para um vídeo do YouTube que mostra o flagrante de uma câmera interna de um assassino fugindo da cadeia e daí pra uma matéria de um telejornal sobre a utilidade das câmeras internas e de câmeras internas você acaba lendo uma entrevista de um BBB falando sobre a experiência de usar o banheiro sendo filmado. Então você começou querendo apenas saber se o filme era bom e terminou sabendo que algumas pessoas simplesmente não se importam em cagar diante das câmeras.

Da internet pra vida: ligando uma coisa à outra. Fui assistir Titanic e notei que Jack e Rose eram opostos em estilos de vida (rica e pobre) e personalidade (triste e feliz), mas que eles tinham um ponto em comum: as artes. Jack desenhava, Rose apreciava pinturas. Ela aparece colocando obras de Picasso em seu quarto. Pensei que Picasso é muito famoso hoje em dia e que eu não saberia reconhecer suas obras. Cheguei em casa e resolvi pesquisar algo a respeito dele.

Descobri que o seu nome é imenso:
Pablo Diego José Francisco de Paula Juan Nepomuceno María de los Remedios Cipriano de la Santísima Trinidad Ruiz y Picasso. 

Que ele tinha cara de pintor mesmo:



E que eu me vejo em algumas obras suas:

Les deux saltimbanques, 1901
Women Running on the Beach, 1922

Alguns links são bacanas, né?

4 comentários:

  1. Muito bem Gabriela, seu texto levou ao meu de hoje também, pois como disse 'uma coisa leva a outra'.
    um lindo e ensolarado dia pra você
    bjs cariocas

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  2. A Industria Cultural de Adorno e Horkeimer grita hoje em dia.
    Me identifiquei com seu primeiro parágrafo, quando vejo o pessoal aqui na federal onde estudo em sala de aula com seus tablets, Iphones e eu no auge da minha simplicidade de universidade do estado no meu caderno e caneta.

    Hoje a internet anda tão cheia de informação que tudo liga a tudo, como diz minha mãe: "todo buraco dá na vila".

    E isso me faz se perguntar até que ponto é bom e se vale a pena.

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  3. Aaaahhh... Eu sou apaixonada por essas possibilidades que a virtualidade abre para nós pobres mortais, é como ter a biblioteca de Alexandria a um passo de distancia! Tem que saber administrar, mas que é bom demais ah isso é!

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  4. Que texto bom, Gabriela!
    Fácil de ler, verdadeiro, muito bom!

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