O menino tinha seis anos e seu
pai fora combater na 2ª guerra. Alemão ou austríaco, não me lembro. Deu a ele
um tambor, antes da partida. Sua mãe transformou a casa em um bordel
freqüentado por bêbados e milionários que não foram convocados ao combate. A atitude
de desagrado dele (já que ninguém lhe dava ouvidos) era um batido
característico em seu tambor e um grito tão estridente que chegava a quebrar
vidros de janelas e utensílios pela casa. Resolveu que não queria mais crescer
em protesto diante da situação surreal em que se transformou a sua vida.
Esse é o tema de um filme chamado
O Tambor, que tive a grata felicidade de assistir há muito tempo e a
infelicidade de nunca mais encontrá-lo em nenhum lugar, pois é daqueles que
valem a pena ver muitas vezes.
As atitudes que tomamos ao longo
da vida sejam surdas, mudas, sejam ruidosas, são necessárias tanto quanto
respirar e alimentar. Momentos há em que a atitude funciona na base da ação e
reação. Respondemos a um ataque ou a um estímulo qualquer com determinada
atitude. Se conveniente ou não, só vamos saber depois do ato. Essa é a nossa
parte instintiva, talvez. A nossa garantia de tentar a sobrevivência.
Por outro lado, há, no meu
entender, as mais louváveis, que são as atitudes prévias ou planejadas, aquelas
que denotam uma maturidade diante da vida. Não que seja necessário estarmos
sempre na estressante missão de antecipar as coisas ou antever fatos e agir
preventivamente. Mas, a partir do pensamento podemos nos prevenir de muito fato
desagradável, ou brindarmos nosso dia posterior com fatos positivos. Exemplos?
Milhões! Quem já não se pegou dizendo: - Puxa vida, se eu tivesse feito isso ou
aquilo... Melhor pecar por excesso (de zelo). A omissão é mãe dos flagelos, dos
aproveitadores e outros agentes causadores de sofrimento.
Tem umas comparações que a
princípio podem parecer esdrúxulas, mas valem por alguma lição. Alguém já
reparou em um balancete contábil, os termos usados no seu planejamento ou
elaboração que retratam o cotidiano de uma empresa ou organização? Tem lá uns
itens interessantes. As tais provisões: Reservas para os gastos previstos e os
não previstos. Relacionam-se a precauções. Depois, no fechamento, vêm itens
realizados e não realizados, com o respectivo resultado, positivo ou negativo indicando
ao dono ou sócios com agir na próxima vez. Se vão ter sobras para gastar a bel
prazer, se vão ter que reduzir gastos ou aumentar vendas e por aí afora.
A vida não é uma contabilidade,
só precisa de um balanço de vez em quando.
Não vi o filme mas deu pra te uma idéia. E atitudes são marcantes nas nossas vidas... abração,linda semana!chica
ResponderExcluirJá ando achando que a vida precisa de um balanço semanal...Hoje não sei que atitude tomar frente a um monte de coisas. Há dedos apontados pra gente o tempo inteiro, reparou isso? O mundo está precisando de um balanço, urgente.
ResponderExcluirE eu sempre tento antecipar minhas atitudes, o que me desgasta muito. De vez em quando é bom deixar a vida nos levar...
Abraços!
Parece um filme interessantíssimo mesmo.
ResponderExcluirPois a vida é cheia dessas coisas, é preciso parar e observá-la pra perceber pequenos detalhes e significados.
Essa é a beleza da vida, não?
Cacá!
ResponderExcluirEu já vi O Tambor e achei interessante você lembrar dele para começar sua crônica. Aliás, muito bem escrita, como sempre.
Eu tô com a Lucinha aí em cima, preciso parar tudo e fazer um balanço de vez em quando, pois tá difícil de segurar. hehe
bjs cariocas
Cacá, o filme me pareceu ser bem forte em seu contexto.
ResponderExcluirSua reflexao nos leva a analisarmos que mudar é preciso, que amadurecer é fundamental e que aprender a desestressar é importante.
Olha, fiz uma pesquisa na internet e achei um link onde vc poderá encomendar esse DVD.
http://www.interfilmes.com/filme_17916_o.tambor.html#Trailers
Abracos
Cacá, vi agora que o filme nao está disponivel, mas que vc poderá deixar seu email que eles te avisam qdo eles terao o filme novamente. É pela Submarino.
ResponderExcluirAbracos
Fazer balanços nem sempre é fácil, poq isso inclui ponderá nossos erros e acertos e descobrir qual deles pesou mais e vez ou outra decidi tomar novos rumos...
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