Sim, eu sou fã de anime e todo mundo que me conhece, isso não é novidade nenhuma, novidade é eu explorar esse tema também aqui. Mas, isso é o que tem para hoje companheiros de virtualidade que tanto preso!
Quem gosta de anime, não curte isso apenas porque são desenhos coloridos ou porque alguns hábitos da infância são difíceis de largar! Quem gosta disso, gosta porque os animes são uma forma de se contar histórias dos mais diversos tipos. História de amor, de esperança, de lutas, de vitórias, de derrotas fenomenais... Histórias de jornadas... É como se contando histórias irreais regadas a fantasia da melhor safra os autores, roteiristas e ilustradores falassem de nossas histórias reais, de nossos desafios e possibilidade concretas, daquilo que nos paralisa e nos move... Daquilo que é preciso vencer para poder sobreviver nesse mundo louco de todo dia.
E talvez por isso eu tenha escolhido falar de Blood C, o último anime que tive o prazer de conhecer através do blog da Pers, o Um pouco de Shoujo. A Pers é uma critica feita com rigor e a visão dela sobre o anime foi bem ruim. Ela definitivamente não gostou, mas como boa otaku que é já adivinhou que independente da sua critica os fãs da CLAMP, grupo que produziu a série iam gostar.
Dito e feito, porque eu, como boa fã, gostei do anime tanto que escolhi ele como tema de minha postagem de hoje.
Blood C, é um anime, que como o nome já sugere, é bem sanguinolento, marcado por sequências de lutas alucinantes. Em todos os episódios Saya, a personagem principal, enfrenta monstros com sua espada em lutas espetaculares e rápidas... Embora a maior parte do anime trate do cotidiano dessa personagem.
De como ela é filha de um sacerdote, estudante, amiga, adora tomar um café e comer um doce. É super fofa e se relaciona com as pessoas que a cerca, de como a vida dela parece irreal... Todo o anime nos passa essa sensação de irrealidade, a vida de Saya tem um tom artificial. A cidade é muito calma, a escola parece só ter a turma dela, o uniforme é estranho, tudo é muito estranho, a vida de Saya é meio é altamente artificial, parece algo feito de plastico, correto demais, como um rosto que sofreu muitas plasticas.
O mundo de Saya é tão artificial que em determinado momento começa a desmoronar, não é algo impressivel, nós acompanhamos o processo passo-a-passo. Blood C não é uma história de suspense, nem de luta, muito menos de fofurices, embora um pouco desses três elementos tenham sido incorporados a narrativa... Penso que Blood C, seja uma história de autodescoberta o "Quem é você?" é uma pergunta constante a partir de determinado ponto.
Os amigos a questionam, a professora questiona, um personagem misterioso questiona, ela se questiona... E a angustia? Esta fica por nossa conta.
Nós descobrimos antes dela quem ela é, só falta ela se perceber... A princípio ela responde a pergunta fazendo referencia ao pai, aos amigos, a sua rotina... Mas, vai percebendo que isso não basta... Essa ainda não é Saya, está claro para todos que a cercam, está claro para nós... Quando estará claro para ela?
Os amigos a questionam, a professora questiona, um personagem misterioso questiona, ela se questiona... E a angustia? Esta fica por nossa conta.
Nós descobrimos antes dela quem ela é, só falta ela se perceber... A princípio ela responde a pergunta fazendo referencia ao pai, aos amigos, a sua rotina... Mas, vai percebendo que isso não basta... Essa ainda não é Saya, está claro para todos que a cercam, está claro para nós... Quando estará claro para ela?
Blood C conta um história de autodescoberta e falando do inicio da jornada de Saya me faz pensar em minha própria jornada, na jornada de todos nós.
De certa forma, a princípio, todos vivemos uma vida que não é propriamente nossa, vivemos algo que foi preparado para nós por nossos pais, pela sociedade, por vários fatores, a vida acontece na gente, independente de nosso desejo... Cedo ou tarde percebemos que essa vida que nos foi preparada fez algo conosco, nos tornou alguém... Mas, que alguém foi esse que nos tornamos?
De certa forma, a princípio, todos vivemos uma vida que não é propriamente nossa, vivemos algo que foi preparado para nós por nossos pais, pela sociedade, por vários fatores, a vida acontece na gente, independente de nosso desejo... Cedo ou tarde percebemos que essa vida que nos foi preparada fez algo conosco, nos tornou alguém... Mas, que alguém foi esse que nos tornamos?
Quando começamos a nos questionar começamos também nossa jornada de autoconhecimento... Cedo ou tarde cada um tem que enfrentar a sua... Vendo Saya aprender a diferenciar o que é ilusão e o que é realidade em seu mundo eu comecei a pensar no meu... Vendo ela iniciar sua jornada eu repensei a minha...
Nada é fácil, de repente você pode perder alguma coisa no caminho: as certezas, os amores, alguns "amigos", parte da "família", partes de você mesma...
Nada é fácil, de repente você pode perder alguma coisa no caminho: as certezas, os amores, alguns "amigos", parte da "família", partes de você mesma...
Eu sei que se pode perder muito para se ganhar a si, mas, tal como a Saya, minha jornada de autoconhecimento está apenas começando.
Nação Zumbi - Bossa Nostra
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Jaci, meu amor...Você simplesmente viaja, mas como sempre só viaja para tirar onda...
ResponderExcluirPandora, por isso eu gosto de ler as resenhas das pessoas e não me fechar em minha opnião, anime é como música, livro, filme o que agrada alguém nem sempre agrada aos demais. O anime te tocou de alguma forma, mas não me tocou. Ás vezes acontece, têm animes que eu amo, mas é apenas passável para outras pessoas.
ResponderExcluirAdorei a sua resenha e o questionamento do autoconhecimento, acho que vc deveria escrever mais sobre animes!!
PS: Obrigada por sempre me citar!!! Bjs
gostei da materia, e do blog no geral, é legal ver pessoas brisand.. falando livremente sobre assuntos q gostam (mas tenho q confessar q nao li todo o blog ainda).
ResponderExcluiremfim, discordo de vc um pouko, mas nao pretendo começar uma discusão e respeito totalmente sua opniao
eu nao acho que seja sobre auto reconhecimento, pq enquanto as lutas sao super bem produzidas, o conflito interno dela nao é tao trabalhado
existem muitos animes q tratam sobre conflitos internos, psicologico, e por ai, tem muitos pra te recomendar se quiser (odeio admitir mas na vdd seria melhor ir ate o eiti)
@Pers Somos duas Pers, acho ruim ficar apenas na minha, gosto de ouvir outras pessoas! Também curto suas resenhas e respeito sua opinião! E claro que sempre que for falar de algum anime que conheci através do seu blog vou te citar com todo o prazer do mundo!
ResponderExcluir@euller Obrigada Euller, já fui lá conhecer o Eiti ele é o rigor em pessoa em materia de analise de anime! É legal, gosto de gente que dar sua opinião enfaticamente!
ResponderExcluirEu não ignoro que existam muitos animes, livros, poesias e derivativos que tratam de conflitos internos com mais ou menos profundidade que Blood C, mas ainda assim curti a proposta do anime. Mesmo vendo ele com dois pés atrás e esperando detestar ele me cativou e me levou a refletir e isso é o que mais importa, na minha pobre opinião, quando o assunto é qualquer tipo de arte!
Oi, Pandora, não conheço as séries mais atuais de desenhos, mas sou um apaixonado por eles. Passei a minha vida inteira assistindo (primeiro sozinho e depois com as minhas duas filhas quando pequenas). Aliás, acho que quem gosta de quadrinhos normalmente gosta de desenhos animados e eu passei também boa parte de minha vida com revistinhas me acompanhando. Abraços. paz e bem.
ResponderExcluirLi esse post ontem no meu celular, mas parece que não chegou o comentario que fiz. A busca de si mesmo já foi algo horripilante na mina vida, ultimamente tem sido mais tranquilo, mas sempre é um assunto delicado. Vc disse uma coisa que eu não tinha pensado antes :que a educação que recebemos da família e da sociedade nos faz esquecermos quem somos. É verdade, qdo criança não pensavamos sobre nossa personalidade simplesmente éramos nós mesmos. Mas na adolescencia depois de "adestrados" veio a angustia das dúvidas, e exigencias para ser alguem importante e apreciado pelos demais. E o mais estranho é que qdo saímos dessa fase percebemos que se seguirmos nossos interesses acharemos pessoas que vão gostar de nós como realmente somos. Não que acabe por aí a jornada do auto-conhecimento, na vida adulta nos questionamos acerca da nossa vocação e o lugar que vamos consequentemente ocupar na sociedade. Será que me respeitarão? Será que farei algo importante para a comunidade? Depois que vc já conquistou seu espaço vc se perguntará se tudo o que vc conquistou não está atrapalhando seu verdadeiro eu de existir. Em suma acho que essa busca por nos mesmos é pro resto da vida.
ResponderExcluirnem sei direito o que é anime, mas animei de ter vindo aqui, viu
ResponderExcluirTive que ir ao Google saber o que era "anime", embora as figuras mostrem de pronto.
ResponderExcluirGosto de qualquer história, desde que bem contada, bem trabalhada. Como nunca assisti a nenhuma dessa "safra" que vc comenta, não sei opinar. Mas não gosto de nada quando envolve luta, violência, mesmo que em nome de uma paz. Só assistindo, né?, pra entender.
Gostei do seu entusiasmo, deve valer a pena assitir a um anime.
Beijo!
@Lúcia SoaresRealmente vale a pena Lúcia, mas se vc não curte violência não assista Blood C, pq ele transpira isso... Eu gosto, mas respeito quem não gosta também, especialmente quando são pessoas queridas como vc!
ResponderExcluirAnimes são realmente muito bons em nos fazer refletir. Devo confessar que não sou grande conhecedora, mas tenho sempre por base Dragonball. Tem coisa melhor? A Genki-Dama é o melhor meio de exemplificar a importância da união. Quem nunca levantou a mão pra ajudar o Goku, hein?
ResponderExcluirNa falta de possibilidade de colecionar os mangás de Dragonball, tô com Naruto, que toma a mesma base. Essa questão de força interior é algo que me encanta.