um brinquedo desceu da caixa
e andou pela sala.
seu dono não estava
seu dono não lhe deixava sair
brinquedos têm que ficar aí
brinquedos não podem brincar
brinquedos são de brinquedo
os adultos vivem querendo roubá-los,
para brincar escondido...
De mocinhos a bandidos.
Mais bandidos, é claro!
Saiu a fieira, para a gafieira, sem o pião.
Saiu o carrinho de rolimã, para dar uns rolé.
Saiu a bola, procurando um pé. E o palito de picolé... pé-frio, não deu no pé.
Saiu o apito, o carro de lata,
o cineminha de vela, o cavalo-de-pau,
todos saíram, dando cavalo de pau.
A enchedeira, deixou a pá.
E ela não tinha celular.
Sairam os bonecos da Playmobil,
e no intervalo,
da manada de cavalos, mais de mil.
No fim do dia, se divertiram
e deixaram a caixa quase inteira vazia.
E diziam: hoje, "eu me" livro.
Foi quando foi visto, os únicos que não fugiram:
Dez gibis e um livro.
Os livros são sempre os mais fieis!
ResponderExcluirÉ mesmo, Pandora. E que sejam fiéis enquanto durem. rs. Beijo!
ResponderExcluirQue delícia de poema, Moacir!
ResponderExcluirBrinquedos têm mesmo que ser olhados com mais poesia. São nossos objetos de desejo mas têm também os seus desejos de serem livres, não apenas ficar à mercê do que o dono quer...
Que bom que o livro não fugiu.
E os gibis continuarão divertindo a criança.
Quanto aos brinquedos, uma hora verão que o aconchego das caixas pode ser melhor do que viver por aí, correndo riscos... rsrs
Boa semana!
Abraços, Lúcia Soares. Brinquemos! Boa Semana!!!
ResponderExcluirE os brinquedos? Quase não se brinca mais com eles. Os meninos não buscam mais carrinhos e as meninas, suas bonecas. Voltemos aos brinquedos. Bem lembrado, viu?
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