o tempo desiste do relógio
as horas de sua companhia
o afago dos ponteiros angustia
o rubi que reluz no mostrador
se na feira de troca um sai ganhando
quando lhe sobra a marca do Orient
ou se um Rolex lhe badala e sente
o fino pulso nobre e nordestino
ninguém ganha na vera desse jogo
postergar compromisso - engolir fogo
é comum se atrasar quando menino
bem verdade, já nasce quase adulto
cada dia no primeiro minuto
ao segundo já lhe bate o sino
(Moacir Eduão)
O tempo, sempre inflexível, senhor de nossa vida.
ResponderExcluirNum átimo (nunca se vive tempo suficiente...) chegamos e partimos.
Lindo, como sempre!
Abraços mineiros para um nordestino!
Obrigado, Lúcia Soares. Sempre nos atormentamos com os ponteiros dos segundos. Acho que é por isso que um "segundo" é chamado assim. É tão rápido que não poderia ser chamado de "primeiro". )Bom arrasta-pé, amendoim e canjica, procês!)
ResponderExcluirO tempo é mesmo um ladrão, nos leva o que amamos com uma facilidade... "Ninguém ganha na vera desse jogo"!
ResponderExcluirCheros Moacir!