Eu acredito que amor vem da alma e nunca de laços de sangue, quando decidimos nos dedicar a um ser que não nasceu de nossas entranhas, primeiramente devemos ter a alma totalmente livre, e principalmente estarmos preparados para as diferenças familiares que certamente virão. É um momento que se quebra barreiras de egoismo e orgulho, rompendo diferenças socias e biológicas.
Problemas? claro que sim, evidente que alguns maiores de quando temos um filho biológico, eu compartilho da opinião que a verdade tem que ser dita sempre em qualquer situação, sendo assim, acredito que sempre devemos citar os pais biológicos com naturalidade... Aos quatro anos e meio de idade ele veio com a foto na mão (que eu sempre tive em um porta-retrato) e me perguntou quem era, e eu respondi tentando ser o mais natural possível - Ela se chama Edna filho, foi ela que te carregou dentro da barriga - e ele disse: "Olha pai, meu nariz é chato igual ao dela". Portanto nos abreviamos todos os traumas que possivelmente ele teria, falando simplismente a verdade, sem omissão, e citando seus pais biológicos como se os tivéssemos vistos ontem.
Tenho certeza que viemos ao mundo com 50% do caráter formado, o restante moldamos..nessa questão também tivemos sorte.
Claro que chegará o dia em que ele vai falar: "Você não é minha mãe"! Mas qualquer criança fala isso. Quando chegou minha vez eu disse: "Eu só não te pari, mas foi Deus que me deu você. Edna te guardou para mim, você é livre, e na hora que quizer conhecê-la, eu te levo até lá, te garanto que ela ficará muito feliz"...Nunca mais ele tocou no assunto...É sua história de vida , é um direito que lhe assiste, e a verdade sempre há de prevalecer, e irei até Edna quando Santhiago manifestar a vontade...
O amor?? Esse é incondicional. Eu acredito que a convivência nos traga todos os tipos de semelhanças inclusive físicas, isso independe da cor de pele, de olhos ou de cabelo que ele tenha nascido, desde recém nascido que reconheci meus traços e mais tarde até o jeito de andar do meu marido.
Cada ser-humano tem sua forma de agir e de amar, alguns amam com a alma, outros em se tratando de maternidade só conseguem amar alguém que tenha vindo do seu ventre. De qualquer maneira uma coisa é certa: Só se deve cogitar a possibilidade de adoção quando se está preparado para amar uma pessoa "des(conhecida)"incondicionalmente, sem nada pedir em troca. Adotar exige um alto grau de abnegação e doação acima de tudo. Porém o princípio para cuidar, amar respeitar é igual, é só uma questão de perceber o que a criança tráz dentro de si (como ser-humano), isso demanda muito amor, independente da maneira que se conceba um filho.. E talvez todo forma de amor seja um pouco egoista, afinal quem ama quer ser amado também...Bendito seja o egoismo chamado amor...
Respeito quem quer a tudo custo ter o filho do seu ventre - acompanho um caso de uma amiga - mas não consigo entender: Se é o amor que conta, se o desejo é ser mãe e se existem tantas crianças precisando de pais, porque tem que vir apenas de sua barriga?
Sei que tudo estava escrito da forma que foi...É por ele que eu vivo, é para ele que eu vivo, foi por ele que suportei, foi por ele que me fiz forte, eu durmo e acordo pensando nele... E faria tudo de novo, cem vezes se preciso fosse.
Ele não veio de mim, mas isso é apenas um mero detalhe que de verdade, só me lembro quando sou questionada... "Evidente que tudo isso é baseado na minha experiência pessoal".
E como ele mesmo diz:Para você filho que tanto tem me ensinado a viver....
SANTHIAGO E SONIA SE AMAM
25 de Maio - Dia Nacional da
Licencinha pra eu entrar?
ResponderExcluirJá que já estou 'dentro' posso levar o texto comigo também? (Deixa, por favor!)
Tão lindooo!
Dou os créditos (claro!) se você deixar.
É isso ai Sônia, falou e disse!!! Concordo com cada letra, sempre digo que quero ser mãe, sonho com uma família, mas se não puder engravidar não tenho stresse, passo por todo o processo da adoção!!! Aliás, um processo que também demanda amor e paciência!
ResponderExcluirBeijão!!!
Parabéns, Sônia por esta aula de vivência desprendida. A gente precisa de uma maturidade muito grande além do presumido amor que trazemos no coração para desprender de certas formalidades que acabam se tornando impositivas (e até mesmo obstáculos) quando não há maturidade. Isso você demosntra possuir bastante e bem sólida. Eu tenho um trauma (depois de velho, pode?) . Só fui descobrir que meu avô paterno, com quem convivia muito, não era meu avô de verdade aos 16 anos. Não compreendi a razão de meus pais esconderem isso de nós. Não ficou sequela psiquica nenhuma de gravidade, mas não consigo esquecer isso. Um abraço e muito mais felicidade para vocês. Paz e bem.
ResponderExcluirQuerid Sonia,
ResponderExcluirJa' conversamos sobre esse assunto, ne'? Muito positivo o seu POST e esta' em par com aquilo que escrevi no MAE e no ESPOSA EXPATRIADA, ne'? Isso e' muit bom... O amor pelo amor. Perfeito!
Bjs mil!
Talvez a palavra adoção venha de adoçar. Um gesto de ternura tão doce, tão quente, tão puro. Desprender-se, doar-se, não pode ser fruto amargo. Deveria, então, dizer adoce-me em vez de adote-me. No latim, inclusive, algumas palavras escritas com t são lidas como c. Exemplo de Leticia - que quer dizer alegria. Em Latim, escrevia-se laetitia.
ResponderExcluirAdoce um filho!
Beijão!
Sônia, sua história e a do Santhiago estava escrita nas estrelas.
ResponderExcluirAdotar é realmente um ato de amor, antes de tudo.
Gostei da ideia do Moacir.
Você adoçou o Santhiago.
E bendita seja a mãe que o deu à luz e lhe deu, junto, a possibilidade dele ser mais feliz com você.
Beijo nas duas mães de Santhiago.
Querida amiga,
ResponderExcluirAcho que vocês são privilegiados por terem se encontrado na vida e eu sou privilegiada por acompanhar uma história tão linda e verdadeira.
É com o coração cheio de ternura que leio cada linha que você escreve e cada sentimento de amor que sai em cada palavra. Você é muito sábia! Beijos nos dois!
Oi Kell,
ResponderExcluirClaro que pode querida, fico feliz por isso.
que bom Pandora que pensas assim, filhos são filhos, são a nossa continuanção, é a maneira que eles chegam até nós é um mero detalhe.
Cacá querido, obrigada!
Comigo aconteceu algo parecido, só que no caso foi meu pai. Só descobri que meu pai não era meu PAI aos 16 anos de idade, quando me casei, tudo isso descoberto por um pequeno problema no exame pré-nupcial. Hoje eu convivo bem com minha família, mas me tiraram o convivio e consequentemente o amor fraterno, mas isso é assunto pra outro post rs.
Renata,
Claro que entendi querida, fui nos dois posts, fica tranquila. Obrigada.
Adoçar. Essa é a palavra.
Ele adocou e adoça minha vida todos os dias.
Beijos meu Moá.
É exatamente isso Lúcia, ele tem duas mães,
Eu tenho contato com a familia do Santhiago (esqueci de falar issso no post), e o convívio foi por opção minha, sem imposição de nenhum deles.
Maria Helena, tão bom te ver aqui... beijo minha flor.
Tão emocionante o que contou, é um amor incondicional, quando a gente ama, ama, principalmente um ser lindo como as crianças...
ResponderExcluirPaz e bem
Tão emocionante o que contou, é um amor incondicional, quando a gente ama, ama, principalmente um ser lindo como as crianças...
ResponderExcluirPaz e bem
Sônia,
ResponderExcluiragradeço a visita no post que dediquei às comemorações sobre a Adoção e por isso estou aqui, vim conferir o seu relato, suas experiências.
Devo dizer que me enterneci ao ler o seu texto, pois é possível perceber sua dedicação, convicção e amor ao seu filho. Também acredito que o amor está acima de qualquer laço sanguíneo e que as semelhanças vão surgindo pela convivência e com o passar do tempo. Que o seu Santhiago possa levar de vocês pais, o caráter e a humildade de saber se doar a outro, do bem querer e da dedicação acima de qualquer outra característica.
Parabéns e felicidades a vocês.
Abraços, Tiffany @blogdati
...sobre a Sonia, sempre necessito entrar no tunel do tempo pra falar dessa menina. Bom, ela simplesmente tem o dom de fazer a escolha certa, numa certa vez, ainda quando namorava o Beto e fiz essa pergunta: _Por que o Beto...? ela não me respondeu, mas depois de um tempo eu percebi que foi a melhor escolha pra sua vida, o Beto precisava dela..., ela é assim, vive acertando por aí. Assim foi com o Santhiago, por mais uma vez ela fez a escolha certa, não quero falar de adoção, estou falando de maternidade, a Sônia deu um filho ao Beto, o Beto precisava de um filho e mais uma vez a Sonia fez a escolha certa.
ResponderExcluirSobre o AMOR, como se comentar sobre o AMOR, existe comentário?
apenas vou fechar com uma frase que ocorre numa cena do filme O Corvo, onde Eric Draven enquanto espele a droga do braço da mãe de Sarah:
...MÃE É O NOME DE DEUS NA BOCA DE UMA CRIANÇA!!!!
Edson, pois é!
ResponderExcluirvocê me conhece como ninguém, por isso sabe o rio de lágrimas que eu estou aqui né?? rs
Quantas coisas vivemos juntos,quantas rizadas, lágrimas, amores, desamores, sinto uma saudade que me doí fisicamente (nunca mais seremos os mesmos).
Sigo amando cada de vocês, cada um da sua maneira...
Bonitinha e brega né??/ sei! rs
Oi, Sonia!
ResponderExcluirEstou de férias e mesmo me comprometendo não escrever nada por estes dias, não pude deixar de ler este seu texto pungente e emocionante.
Que amor lindo! Só tenho isso a dizer e deixar-lhe meu forte abraço carioca.
Boa tarde Sonia, agora sou eu que estou a chorar! Temos muito em comum com certeza. Nossa, você me ensinou tanto em tão poucas palavras. Sempre disse a verdade ao Lucas, porém com um medinho. Sabe, meu filho nasceu dia 25 de maio, dia da adoção, e isso não foi mera coincidência. Eu preciso muito mais dele que ele de mim. Obrigada por me deixar mais forte ainda com suas palavras sábias. Um grande abraço e bom fim de semana, que Deus guarde nos filhos amados. Bjs
ResponderExcluirUau, que história!!
ResponderExcluirE eu só cheguei aqui agora, o que valeu para acompanhar todos os comentários...
Sabe que não estou acreditando, quer dizer, o Sam e você são tão parecidos, Sônia! Dizem que a convivência e o amor fazem as pessoas ficarem parecidas, adoçadas e ternas, a maternidade exercida também!
Beijos e carinhos...
Oi Beth,
ResponderExcluirFeliz em te ver aqui, aproveite as férias, estamos te aguardamdo..
Lya querida, você sabe a proporção desse amor. Eu que aprendi muito contigo. É uum passo de cada vez, deixe o Lucas ir perguntando e responda sem muitos rodeios, daqui a pouco ele vai falar com naturalidade ,e se ele não quizer, também é um direito que lhe assiste, o importante é respeitar os limites e a vontade da criança.
Oi Livia,
Sim! somos parecidos, a convivencia torna os traços, o comportamento o caráter semelhantes (aqui em casa meus filhos de 4 patas são minha cara também) rs.
beijos
Oi Sônia
ResponderExcluirAmor de mãe é incondicional, independente de se parir ou não o filho.
Vocês têm uma história linda desse amor e merecem muito mais em suas vidas.
Lindo texto. Felicidades mil para os dois.
Bjs no coração!
Nilce
Um sonho,Uma vontade,Um amor,uma verdade,um desejo,um viver,um sorriso,um abraço,um beijo,um cheiro,um olhar,um toque,uma palavra!!
ResponderExcluirSo os verdadeiros,puros e libertos conseguem dar o amor que outro necessitar e todos nos sabemos e tu sabes minha amiga que: e dando que se recebe. E como diz Nengo "divino e dividir,dividindo a de vingar"
Tu tens amor e isso e tudo.
@Nildo Reggae Rastaman
ResponderExcluirAmém!
Jah Rastafari fará por nós sempre.
beijo