Página em branco

Imagem daqui

Diante dela, a página em branco.

Ou seria a tela em branco?

E que tela seria? 

Uma tela pronta para ser pintada?

Ou a tela do computador?

Certamente que uma tela de pintura, em branco, à sua frente, em nada resultaria.

Talvez borrões inexplicáveis, nem surrealistas, nem de arte alguma.

A tela em branco sugere falta de ideias.

Ou uma enormidade delas.

O tempo passa sem pensar se é possível ou não acompanhá-lo.

As ideias que se atropelam não lhe dão solução.

Tudo tem seu ritmo certo e é apenas esperar.

Ou se pode sair em busca do que se quer, sem pensar

no que esperam de nós.

As inquietudes são uma constante.

Um mistério a ser descoberto, encontrar continuidade nela.

Pode ser anjo ou demônio.

Doce como mel, ou amarga como fel.

Suave como o bater das asas de um passarinho ou abrutalhada 

na maneira como fala, sem pensar.

Precisa entender que a vida é como é. Sem mais.

Sair em busca de porquês quase nunca tem sentido.

Não há porquês.

Tem que ser.