Meu
melhor momento é aquele que ainda está por vir. Está nesse futuro que chamo de
daqui a pouco ou amanhã, nada muito distante. O amadurecimento é eliminatório,
eu acho. A gente, com o tempo, vai desclassificando algumas coisas que nos
aconteceram, sem eliminar a sua positividade mas elegendo outras melhores, numa
sucessão que seria o melhor dos mundos se alternassem só momentos bons com
outros melhores ainda.
Não
posso eleger meu melhor momento pelo que já vivi. Seria cometer muita injustiça
com os bons instantes que a vida me proporcionou. Imagine eu dizer que foi
quando me tornei pai? Da segunda vez, como ficaria o meu coração que ama minhas
duas filhas igualmente? Se eu dissesse que foi quando escrevi o meu primeiro
livro? E o carinho e dedicação com os demais? As primeiras vezes ficam mais
fortemente guardadas, é verdade. No entanto há aqueles momentos em que a gente
numa euforia breve acaba escolhendo um acontecimento como o melhor. Tudo bem,
pode ter sido. Mas só daquele instante. Seria desprezar o potencial de coisas
boas que a vida nos reserva para virem a ser os melhores momentos. Por isso eu
escolho o presente como o meu melhor momento e se me permitem um trocadilho, o
presente como o meu melhor presente.
Agora,
se for imperativo ter que escolher um único momento, nem que seja só para que
não me chamem de birrento, acho que foi quando eu nasci. Esse não tem chance de
fazer reparos nem de se repetir.
PS: este texto foi publicado originalmente no blog pensando em família
Oi Caca
ResponderExcluirRealmente, o dia do nascimento também considero o melhor momento, pois sem ele não aconteceriam outros, pois a vida só acontecesse se houver o primeiro suspiro.
bjs