Por esses dias estou tão mergulhada em alguns afazeres que nenhuma das minhas intenções de texto pode vim a luz... De maneira que agora me perguntava o que postar no Em quantos... Ai lembrei que a semana está começando e então lembrei de Manuel Bandeira e que talvez fosse bom começar a semana esquecendo meu mau humor típico de fim de domingo e começo de segunda-feira e pegar uma rosa/poesia emprestada do jardim dele...
Então compartilho com vocês a rosa que roubei do Jardim do Manuel Bandeira...
Então compartilho com vocês a rosa que roubei do Jardim do Manuel Bandeira...
Eu vi uma rosa
(Manuel Bandeira)
Eu vi um rosa
- Uma rosa branca -
Sozinha no galho.
No galho? Sozinha
No jardim, na rua.
Sozinha no mundo.
Em torno, no entanto,
Ao sol de meio-dia,
Toda a natureza
Em formas e cores
E sons esplendia.
Tudo isso era excesso.
A graça essencial,
Mistério inefável
- Sobrenatural -
Da vida e do mundo,
Estava ali na rosa
Sozinha no galho.
Sozinha no tempo.
Tão pura e modesta,
Tão perto do chão,
Tão longe na glória,
Da mística altura,
Dir-se-ia que ouvisse
Do arcanjo invisível
As palavras santas
De outra Anunciação.
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Um dos maiores poetas brasileiros, Manuel Carneiro de Souza Bandeira Filho nasceu no Recife, Pernambuco, no dia 19 de abril de 1886, filho de Manuel Bandeira e Francelina Ribeiro de Souza. Foi ainda professor, jornalista, inspetor, tradutor e crítico literário. Manuel Bandeira viveu apenas o primeiro ano de sua vida no Recife, e logo se mudou para as cidades de Petrópolis e Rio de Janeiro, no Estado do Rio de Janeiro.
Um dos maiores poetas brasileiros, Manuel Carneiro de Souza Bandeira Filho nasceu no Recife, Pernambuco, no dia 19 de abril de 1886, filho de Manuel Bandeira e Francelina Ribeiro de Souza. Foi ainda professor, jornalista, inspetor, tradutor e crítico literário. Manuel Bandeira viveu apenas o primeiro ano de sua vida no Recife, e logo se mudou para as cidades de Petrópolis e Rio de Janeiro, no Estado do Rio de Janeiro.
Linda a poesia, ótima a sua inspiração de postá-la.
ResponderExcluirManuel Bandeira é um dos nossos grandes nomes. Pela pequena biografia, vi que nasceu em 19/04, mesmo dia do nosso "Rei" Roberto Carlos.
Sem querer comparar, de jeito nenhum, mas me ocorre que foi um bom dia de nascimento de dois grandes poetas.
Boa semana, sem o mau humor do final de domingo, tá?
Bj
ja fiquei com vontade de deixar o meu mal humor de segunda feira pra outro dia...
ResponderExcluirBonito poema, bonito texto!
ResponderExcluirBoa semana, sobrinha!
Cheros!
Linda rosa poética!
ResponderExcluirAssim a segunda-feira fica mais leve...
Uma ótima semana p/ nós!
Beijosssssssssss
Texto lindo . Parabéns pelo Blog, seguindo co prazer. Abraços.
ResponderExcluirhttp://papeldeumlivro.blogspot.com/
Esse é um dos meus poemas preferidos do Manuel Bandeira!! E por incrível que pareça eu detesto mais as quartas do que as segundas! Não sei, na quarta parece que meu ânimo já foi embora!!!
ResponderExcluirBjs, Jaci!!
Pandora,
ResponderExcluirÓtima troca, de mal humor para M. Bandeira e a sua rosa, perfeito! Nada melhor do que começar a semana com poesia. Como sou mais debochada, começo as minhas sempre com M. Quintana, ele me entende como ninguém.
Grandes beijos e ótima semana
E não é que nos finais de domingo, qdo a gente sente a segunda feira chegando, somos em parte que nem esta rosa: sozinha no galho, na rua, na chuva, no sol - um mundo tão magnifico a nossa volta mas com a promessa de nos prender em algum lugar fechado.... é?
ResponderExcluirOlá José Cláudio!
ResponderExcluirVim do blog do meu amigo Rodrigo (Bixudipé)para conhecer o seu.
Que ótima escolha por "Eu vi uma rosa", não?!
Estarei por aqui sempre que possível.
Abraços
Olá Pandora!
ResponderExcluirEstou feliz em recebê-la em meu blog =D
E cá para nós: eu também nunca me dei bem com os amores de verão...rsrsrs
Beijos!!
As coisas simples são mais belas (para mim). Acho que é por isso que me identifico tanto com a poesia do Manuel Bandeira. Acho sensacional. Abraços, Pandora. Paz e bem.
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