Imagem-Elisa Lazo de Valdez
Um dia a melancolia desceu em seu coração e juntos, ela e o marido, não sabiam o que fazer daquela tal liberdade. Podiam tudo, mas não entendiam quase nada do que estava acontecendo em sua casa e suas vidas.
Não se ouvia mais as músicas estridentes que vinham de um quarto ou a televisão ligada na sala, ou o grito de um outro pedindo a toalha no banheiro. Tudo era silêncio e solidão a dois.
Não se ouvia mais as músicas estridentes que vinham de um quarto ou a televisão ligada na sala, ou o grito de um outro pedindo a toalha no banheiro. Tudo era silêncio e solidão a dois.
Eles se foram, bateram asas e deixaram o ninho. Estava na hora e para isso foram preparados, mas o casal não imaginava que chegaria mesmo o dia para cada um deles.
Por isso sofriam, mergulhados nas idiossincrasias do cotidiano e sem se notarem por todo o período que os filhos os absorveram, estavam naquele momento sós, cada um em seu mundo, e por esta razão, estranhavam-se.
O vazio deixado pela saída dos filhos trouxe à tona comportamentos e imagens que um tinham do outro e que permaneciam meio obscurecidos no dia a dia tumultuado que havia antes com a casa cheia e barulhenta.
Tantas fases acontecem no decorrer de uma vida e por isso devemos estar atentos a essas mudanças, senão seremos castigados pelo desamor e o abandono.
O vazio deixado pela saída dos filhos trouxe à tona comportamentos e imagens que um tinham do outro e que permaneciam meio obscurecidos no dia a dia tumultuado que havia antes com a casa cheia e barulhenta.
Tantas fases acontecem no decorrer de uma vida e por isso devemos estar atentos a essas mudanças, senão seremos castigados pelo desamor e o abandono.
Será então que este não é o momento para recomeçar algo novo, como viagens, cursos, reforma da casa, ouvir as músicas prediletas, ter mais tempo para si mesmo ou para o casal?
Chorar o ninho vazio não é uma atitude positiva, pelo contrário, parece-me muito egoísta, afinal não devemos esquecer que antes de sermos pais, fomos homem e mulher, marido e esposa, enfim, amantes. Assim, com a saída deles, precisamos reencontrar a força que nos uniu.
Chorar o ninho vazio não é uma atitude positiva, pelo contrário, parece-me muito egoísta, afinal não devemos esquecer que antes de sermos pais, fomos homem e mulher, marido e esposa, enfim, amantes. Assim, com a saída deles, precisamos reencontrar a força que nos uniu.
Amei Beth! Amei... até pensei que a autora poderia ser outra... mas diz o que realmente acontece. Domingo acho que no Fantástico, tava falando sobre isso... eu já me preparo desde agora para a saída dos meus filhos (espero daqui a uns 20 anos? kkkk) Quero que eles estudem fora, tenham suas proprias experiências... e quero estar preparada para este momento de voltar a ter a minha vida de volta. Agora é o momento deles, depois, com mais tranquilidade e sensação de dever cumprido, de pássaros livres para novos voos, chega a vez da retomada.
ResponderExcluirAmei seu texto.
Beijos mineiro-paranaenses,
Fabiana
PS: meu computador nao acentuou as palavras, e como nao queria perder o pensamento, enviei...
Obrigada Fabiana!
ResponderExcluirEu sei bem o que é esta experiência, pois o meu saiu, estudou e aproveitou, mas agora voltou e sinto que preciso e estou refazendo meu ninho com o maridex, afinal eles, os filhos, quando querem batem asas a qualquer momento, e o que sobra somos nós, por isso resolvi escrever este texto, porquê valorizo minha relação com o marido mais que tudo na vida e gostaria de chamar a atenção para que os casais, principalmente na meia idade, lembrem-se deste detalhe importante na relação conjugal.
beijos cariocas
Oi, Beth! É por estas e outras que concordo muito com o ensinamento no poenma do Kalil Gibran, "Vossos filhos não são vossos filhos. São filhos da ânsia da vida por si mesma."
ResponderExcluirPor mais que a gente considere que falar é fácil,mas na prática a teoria é outra, acho que é preciso criá-los com esse foco (ganhar o mundo), para que não tenhamos um verdadeiro adoecimento psicológico quando o ninho se esvazia.
Adorei a sua abordagem. Meu abraço. Paz e bem.
Lindo isso e tão real em nossas vidas.
ResponderExcluirO ninho fica vazio por pouco tempo...
Voltam os passarinhozinhos dos filhos,rsrs...
E é tão bom e muito bom também o tempo à sós novamente entre o casal.
Podem se olhar, curtir, rir, brincar, tuuuuuuuuuudo que queiserem...
Aproveitem até que cheguem os passarinhos pequeninhos pra o ninho preencher...rsr
Aqui em casa, até a cachorra reclama se nos abraçamos, sem contar o Neno, que logo se aproxima pra se juntar no abraço...
Como veem, dura pouco o ninho vazio...
Basta deixar as janelas abertas...
Sempre há um passarinho pra entrar...
beijos,lindo dia!chica
Oi Beth
ResponderExcluirMuita verdade no texto.
Meu ninho ainda está cheio, mas tenho tanto medo quando ele esvaziar e os pássaros só vierem de vez em quando.
Por isso desde já estou procurando mais coisas para fazer.
Bjs no coração!
Nilce
Sei não, amiga...
ResponderExcluirTeorizar é muito fácil, mas na hora H a coisa complica...rsrsr
Fiquei com o ninho vazio por 3 anos. Gostava e não gostava, não aproveitei pra fazer nada diferente, mas também não "chorava" as ausências.
Depois a Renata se separou e voltou pra casa, com sua "passarinhazinha" Letícia.
Agora nos preparamos para elas ficarem em seu apartamento e eu e marido voltarmos pra casa, depois da reforma.
Não vai ser fácil, mas vamos recomeçar.
Beijo!
Lucia,
ResponderExcluirEu gostei da palavra 'recomeçar' e é isso que devemos fazer, olhando com positividade, porque quando queremos que uma coisa dê certo e se existe amor, conseguimos e fazemos o melhor.
Tenho certeza que este recomeçar, principalmente com a renovada da casa, será excelente. Depois você nos contará o resultado.
bjs
Belo. Esse post também me fez pensar sobre a síndrome do ninho vazio, quando os filhos crescem e tomam seu rumo. Beijos.
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