Ilustração: Leo Macedo*
O caso se deu a primeira vista, quer dizer, lida! Logo que leu já sentiu prazer na primeira linha, atraída por uma mistura de sagacidade e erotismo. A curiosidade que a despertou foi diferente daquela que deseja descobrir o objeto velado, ao contrário – ela queria era nuvem nebulosa!
Olhava aquele tempo cinza e ficava contemplando, queria fazer parte daquela cor, daquele mistério que combinava tão bem com suas angústias e tanto instigava sua imaginação. O que a despertava não era a descoberta, mas a impossibilidade. Gostava daquela brincadeira, sentia um sincronismo com aquela neblina.
Justo ela que não estabelecia conexão nem com o seu anjo da guarda, podia falar com aquele anjo caído de um inferno bom e conturbado por um vento veloz.
O caso se deu a primeira vista, quer dizer, lida! Logo que leu já sentiu prazer na primeira linha, atraída por uma mistura de sagacidade e erotismo. A curiosidade que a despertou foi diferente daquela que deseja descobrir o objeto velado, ao contrário – ela queria era nuvem nebulosa!
Olhava aquele tempo cinza e ficava contemplando, queria fazer parte daquela cor, daquele mistério que combinava tão bem com suas angústias e tanto instigava sua imaginação. O que a despertava não era a descoberta, mas a impossibilidade. Gostava daquela brincadeira, sentia um sincronismo com aquela neblina.
Justo ela que não estabelecia conexão nem com o seu anjo da guarda, podia falar com aquele anjo caído de um inferno bom e conturbado por um vento veloz.
Janela, palavra linda.
Janela é o bater das asas de uma borboleta amarela.
Abre por fora duas folhas de madeira à toa pintada,
janela jeca, de azul.
Eu pulo você pra dentro e pra fora, monto a cavalo em você,
meu pé esbarra no chão.
(Adélia Pradro, Janela. In: Bagagem)
*Do blog A Luz aflora onde nenhum sol brilha
Muito legal e gostei desse jeito de escrever lindo assim.
ResponderExcluirbeijs,lindo feriado!chica
Lindo!
ResponderExcluirDaqueles que lemos em um só fôlego, e absorvemos em um só gole.
Marcante, sedutor, perfeito...
Beijo. Boa Páscoa,
Lívia querida,
ResponderExcluirA ilustração do Leo não podia ser mais perfeita para seu texto...nuvem nebulosa, possibilidade impossível...probabilidade improvável...
Quero partir por aqui à descoberta...
Mil ternuras
Emoções afloradas. Veladas.
ResponderExcluirAdélia Prado concluiu brilhantemente.
Feliz Páscoa para você e sua família.
Oi Giu
ResponderExcluirLindo texto. Na neblina a indecisão, emoção, desencontro.
Um que de mistério. Adorei!
Bjs no coração!
Nilce