terça-feira, 20 de novembro de 2012

Autobiografia Literária


Estava conversando outro dia com As meninas dos livros  (Pandora, Michele e Ana) sobre nosso primeiro Podcast, quando surgiu uma pergunta pra mim: "como você virou fanática por livros?" Bom foi mais ou menos isso, o que importa é o sentido, e acabei contando minha autobiografia literária para elas. Hoje eu quero falar um pouco sobre isso, a pesar de já ter dito um pouco na postagem sobre estilo de escrita.


Bom, na infância eu tive muitos livrinhos fofos, mas só lembro de dois: Bulunga o rei azul e a A Centopeia. O engraçado é que apesar de ter relido unas 500 vezes, não lembro do enredo da Centopeia, só lembro que eu gostava muito (tinha uns 8 anos quando li para a escola), mas o Bulunga até inspirou um poema meu chamado Óculos cor de rosa.  O rei Bulunga era um gato que usava óculos de lentes azuis, e só gostava dessa cor. O problema acontece quando ele começa a gostar de uma gata que tinha uma cor diferente, não sei se era rosa ou branco, mas Bulunga aprende que a cor é o que menos importa.

Acredito que não li muito depois disso, pelo menos até eu ter uns 10 ou 11 anos. O fato que iria mudar minha vida totalmente, é a adesão da minha família ao Espiritismo.  Todos começaram a ler romances psicografados  e eu meio que fiquei isoladinha. Então acabei entrando na onda, e acho que eu fui a que leu a maior quantidade de romances, fui mais longe que todo o resto. Hoje em dia, apesar de não ser mais espírita, ainda figuram na minha lista dos 10 mais queridos, dois romances espíritas: O morro das ilusões e Quando a vida Escolhe. O bom dessa literatura, é que ela mostra personagens que erram pra caramba, mas que nem por isso são ruins, sempre tem alguém que ama sinceramente o vilão. Sem falar que rolam várias lições de vida. Esses livros iriam me influenciar até 2008, apesar de que foram perdendo a força lá pelos meus 15 anos.

Durante  a adolescência, porém, li outros livros também que eram bem profanos. Eu tinha uma relação de amor e ódio com os harlequins, porque tinham uma formuleta de bolo irritante, mas uns até dava pra gostar bastante, como  A Bela e a Fera pois tinha umas piadas muito esdrúxulas, sem falar que tinham todo aquele açúcar romântico do namorado "protetor" e ciumento. Nessa época ainda não conhecia a Jane Austen, então meio que não sabia bem o que era um romance de verdade. Li muito Norah Roberts e Barbara Delinsky até o fim do segundo grau, mas essas histórias serviam de substitutos para os romances de aventura e fantasia que estavam em falta naquela época. Aliais, até tinha alguns como o Harry Potter e o Senhor dos Anéis e também os livros do Bernard Cornwell , que eram o ponto alto da minha estante, mas a velocidade de publicação de boas obras era bem lenta.

Não tive muito contato com os clássicos. Li Iracema, 5 minutos e a Viuvinha, O Santo Inquérito, A Escrava Isaura, Lucíola e larguei pela metade Macunaíma, Senhora e Memórias Póstumas de Brás Cubas. Também não consegui ler até o fim os contos de Drummond, a pesar de ter gostado do que li. Acho que na época eu não estava acostumada com fins trágicos, que excetuando Drummond, 5 minutos e a viuvinha e a Escrava Isaura era a maior tônica dos clássicos. Ainda tenho planos de voltar a lê-los, antes de libertá-los nos próximos book crossings. Os únicos clássicos que teno verdadeira paixão sãos os escritos por Jane Austen, que por mais que alguns personagens deem raiva, as tramas compensam. Tudo começou num dia que eu trocava os canais da net procurando algo interessante para ver, quando aparece o título: "orgulho e Preconceito". Acho que dei uma olhada rápida na sinopse e me encantei com as músicas de Dario Marianelli no piano. Depois que acabou fui logo na wikipedia ler sobre o filme, e adorei a ideia de ter 6 livros dela. Li todos os livros e agora estou a procura das séries.  É meio dificil saber o que fazer da sua vida depois que já leu tudo o que podia do seu autor favorito, rss aí você revê tudo até estar disposto a seguir adiante.

Ah, eu já ia me esquecendo! Também sofri influência dos mangás. Acho que não foi algo muito forte da escrita, mas com certeza no desenho (eu também desenho^_^, acho que quando eu escrever meus livros vou ilustrá-los). Eu adoro YUYU HAKUSHO, SAMURAI X, SAKURA CARD CAPTORS, INU YASHA, RANMA1/2, NARUTO e MERU PURI.  A forma como eles tratarm alguns assuntos me dava muitas ideias de histórias. Uma vez li que Van Gogh se inspirou num tipo de pintura japonesa, e eu bem entendo porque. Edward Said diria que meu comentário é "orientalista", mas acho que no Oriente, eles tem uma forma de se expressar diferente, e por vezes mais complexa, que abre alguns horizontes em nossas mentes. Eu fiz algumas tentativas de escrever uma HQ mas não deram certo. Acho que alguma forma me faltava disciplina para controlar minha criatividade, que mais parece um cavalo desgovernado, diga-se de passagem. As ideias me atormentam para nascer. Acho que eu sou que nem a mãe do Fred, só deixei a ideia nascer depois de 11 meses de gestação kkkkk. Isso é tudo pessoal! Beijos.

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