NAVEGAR NÃO É PRECISO.

Esse texto foi o primeiro que coloquei no Diários de bordo. Não fiz nenhuma modificação importante, apesar de conhecer seus pontos fracos, transcrevi para o Em Quantos na íntegra, para aproveitar o ar comemorativo desses meus 3 anos navegando em
águas imprecisas.

Estou a bordo de um navio no meio do oceano Atlântico.
Nem sempre o timoneiro consegue guiar a embarcação para o destino
previsto anteriormente,é o mar na verdade o grande selador do nosso caminho.

Às vezes não gostamos do rumo que ele nos apresenta, pois traz dificuldades e tempestades,
mas no fim bate aquela felicidade devido a superação das tormentas.
É assim nossa viagem. Incerta, insegura e dura, mas também cheia de pequenas e felizes surpresas.

Não desanimamos porque precisamos estar atentos aos presentes deixados pelo Dono do Mundo no percurso, são eles os tesouros que buscamos assim que aceitamos embarcar nessa jornada.

Em cada porto embarcam mais e mais pessoas e às vezes umas pulam do navio. Não necessariamente porque desistiram de viver e sim porque seu tempo acabou e precisam deixar espaço pros que estão começando, embora esse nosso veículo marítimo seja muito grande e sempre disposto a receber mais tripulações.

Todo tipo de gente já entrou aqui,bons e maus e os que ora eram uma coisa ora outra, mas no momento o tempo é meu, e vou registrando tudo que posso nesse meu pequeno diário de bordo. Amo tudo dentro desse barco e temo o que há fora dele, mesmo assim estou disposta a receber mais companheiros que entram nas ilhas em que aportamos.
O nome desse barco é VIDA. Esteja preparado para o que ele pode trazer à sua existência.