quinta-feira, 5 de abril de 2012

Pirapora/ A Sinfonia do Velho Chico

Entre os 800 e tantos municípios de MG, Pirapora, ao norte, é um dos mais conhecidos.Fica a 340 km de BH. A cidade fica às margens do Rio São Francisco e uma das suas atrações há anos é o vapor Benjamim Guimarães, o único em atividade no mundo.

O navio foi construido em 1913 nos Estados Unidos, foi usado no Rio Mississipi  e depois veio para a América do Sul, navegando por um tempo pelo Rio da Prata, na Argentina. No final dos anos 20 veio para Pirapora, onde o Rio São Francisco, plenamente navegável na época, o recebeu.Em 1988 parou de funcionar, por falta de manutenção; em 2000 foi restaurado, voltou a navegar, agora num rio pobre de águas e nem voltou a fazer o mesmo percurso de antes.

(Foto retirada de reportagem no jornal Estado de Minas)

Imaginem o velho vapor ser palco de uma apresentação artística. Pois é o que acontecerá no dia 21 de abril próximo.Ali se apresentará  A Sinfonia do Velho Chico, feita pela Banda Sinfônica Jovem de Pirapora, com 60 meninos e meninas de 9 a 17 anos.O show terá duração de uma hora e meia, a partir das 21h, com entrada gratuita. Ao final, haverá badalar de sinos e queima de fogos. Sem dúvida um espetáculo e tanto.
O maestro paulista Alex Domingos, residente em Pirapora desde março de 2011, incentivou e ensinou a esses jovens músicos, que vieram  da Associação Cultural, Musical e Artística São Vicente de Paulo. Durante 8 meses estudaram as canções da sinfonia e tocarão, entre outras obras, O Guarani, de Carlos Gomes.
Pra quem acha que o Brasil não tem saída, um espetáculo desses pode calar muita gente. Jovens precisam ser recrutados, vistos, estimulados, e aí a vida pode se tornar boa de se viver, sem que a única saída seja a marginalidade. (Não penso que todo jovem sem estrutura familiar vai ser um bandido, mas grande parte só tem essa saída. Embora ache, isso, sim, que só vira bandido e prostituta, por ex., pra se falar de duas situações marginais, quem quer).
Se morasse na região de Pirapora, não perderia esse espetáculo por nada.
Ou se fosse animada, pois nem é tão longe de BH e Pirapora é uma terra acolhedora, com bons hotéis e atrações como a Feira de Arte e Cultura, nas noites de 6ª feiras. Além do artesanato da região, a feira, com 50 barracas ainda tem comidas típicas como o feijão tropeiro, arroz com pequi, peixe frito, pirão de peixe e outras iguarias mineiras, e ainda com música ao vivo.
Nas manhãs de sábado, o Mercado da cidade vende mercadoria fresquinha, chegada da roça.
A paisagem da "praia", com o velho Chico ao fundo.

 (Imagens Google)
(Com esta postagem encerro minha participação no EmQuantos. Foi muito bom estar aqui, e mesmo Minas sendo tão rica em lugares, pessoas, causos que podia trazer para cá, a inspiração sumiu de mim e a motivação pra escrever é zero. Então, me vou. Mas vou acompanhar o blog e torcer para que os colaboradores se multipliquem e aqui seja sempre um cantinho para se apreciar).

2 comentários:

  1. O São Francisco já foi conhecido como o Rio da Integração Nacional, a gente ver o porque quando vai conhecendo as cidades que são construídas nas suas margens!!! Eu também acredito que com oportunidade as crianças que nascem em situação de fragilidade social podem construir uma outra história...

    E despedidas sempre me entristecem... Adiei o comentário na postagem para adiar a despedida, mas toda partida é uma volta para algum lugar néh?!?!

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