terça-feira, 20 de março de 2012

Chagas


Vou ser um pouco dramática neste texto, tomem suas pílulas pra pressão rss vamos lá:

Sangue. Muito sangue.
O sangue me empapa por completo.
Escorre como um rio pelas minhas mãos e braços.
Prestando melhor a atenção, meu tórax e pernas também estão encharcados.
Há poças no chão.

De quem é esse sangue?
É seu, é seu!
Quem me feriu?
Olhe a adaga na sua mão.
Eu me matei?
Não
mas tem tanto sangue no chão como posso estar viva?
É ilusão!

A voz estava certa, o sangue e a adaga sumiram quando acordei,
mas a agonia continuou.
A tristeza perdurou.
A frustração não foi embora
mas a vontade sim. Essa me abandonou.
Preciso achar o caminho de volta à mim mesma
e parar de ser a causa do meu sofrimento.
Por que a história se repete?
Porque o erro não foi apagado.

Não posso me dar ao luxo de perder a fé,
A solidão e o silêncio serão meus mestres
quem sabe assim paro de sofrer e fazer sofrer?
Porque o que mais me magoa é quando magôo.
É o sentimento de fracasso que surge disso.
mas vou mudar, algum dia.Quando minha vontade voltar.

4 comentários:

  1. Palmas para minha dor de cotovelo. Esse poema já tem alguns meses, então não se preocupem comigo que meu humor está muito bom hoje.

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  2. Aleska, acho que essa dramaticidade se deve à idade. A gente tem tantas perguntas, tantos medos, tantas questões e poucas respostas. Esta, só encontramos em nós mesmos, ao longo dos anos. Ou não. Ainda não encontrei muitas respostas, mas vou (per)seguindo.
    Beijo!

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  3. Ah Aleska as vezes eu me sinto assim também, é da vida, mas vamos seguir em frente néh nega, vamos aprender com a Lucia a continuar perseguindo nossos sonhos!!!

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  4. Sofrer é complicado...
    Mas nenhuma dor é definitiva...
    Adorei o poema!!!

    Bjs!!!

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