sexta-feira, 20 de maio de 2011

O bebê e a babá




O bebê chora e a babá tira-o do berço.
A babá acalenta o bebê.
A babá dá papinha pro bebê.
Dá banho.
Leva-o ao parquinho.
Enquanto a babá fala ao celular o bebê brinca com outros amiguinhos e outras babás também falam ao celular.
O bebê não come toda a bananinha, a babá come então.
Ela troca as fraldas do bebê, coloca talquinho.
Bota o bebê no carrinho e empurra-o com os pés enquanto vê a novela da tarde.
Depois ouve em seu i-phone suas músicas prediletas enquanto isso o bebê chora amuado.
A babá sai com a mãe do bebê e vão ao shopping.
O bebê quer colinho, a babá pega-o.
A mãe não o olha, mas olha com ar brilhante as vitrines do shopping.
A mãe, a babá e o bebê vão para a área de alimentação.
A babá pede um lanche e a mãe uma água e o bebê, no carrinho, segura a mamadeira.
O bebê chora, a babá pega-o.
A babá nina o bebê.
À noite o bebê chora e a babá que dorme em seu quarto, pega-o e faz seu sono voltar.
Bêbada de sono, a babá dorme e sonha com seu bebê que está longe, em casa, com a avó.
A mãe do bebê dorme profundamente, amanhã terá muito trabalho na empresa.
E começa um novo dia.

O bebê chora e a babá tira-o do berço.
A babá acalenta o bebê.
A babá dá papinha pro bebê.
Dá banho.





Este é o cotidiano que vemos hoje nos playgrounds de prédios, nas ruas das grandes cidades, nas pracinhas  e nos shoppings.  Como será a futura geração criada pelas babás atuais?









9 comentários:

  1. Pena eu sinto, pois as mães perdem muito, mas muito mesmo dos filhos...E eles, da mãe e isso não se arruma mais...Fica faltando!


    Lindo,Beth!beijos,chica

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  2. Beth/Lilas, hoje acabo de POSTAR la' no BLOG sobre ADOCAO: ATO DE AMOR OU EGOISMO? onde pergunto o por que de se ter um filho.
    Bem, eu tenho 3 e os amo profunda e intensamente, e - cliche - nao saberia dizer o que seria eu hoje e onde estaria eu se nao os tivesse... tudo bem! E de certa forma se "aplica" ao excelente POST seu. Porque eu tb nao entendo porque a nova geracao gasta tanto "terceirizando" seus filhos.

    CONTUDO, SOU A FAVOR DA BABA', SIM! E muitas vezes, qdo vimos os parquinhos e playgrounds lotados de uniformes brancos nao conseguimos entender onde estao (ou o que estao fazendo) suas maes... EU ENTENDO.

    MAS TE CONVIDO - E A SEUS LEITORES TB, SE ME PERMITE, a ler um antigo POST meu nominado: "SIM, EU TENHO UMA BABA'", QUE EU AMO! (O POST e a BABA! KKK!).

    O link e' esse aqui (se nao quiser publica-lo eu compreendo).

    http://umaesposaexpatriada.blogspot.com/2010/06/sim-eu-tenho-uma-baba-rc.html

    Mil bjs!

    O assunto BABA' tambem ja' foi um tema

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  3. Difícil imaginar, Beth.
    Ou tão fácil que até assusta!
    Mulheres pra parir tem aos montes.
    Pra ser Mãe, são poucas. Triste realidade!
    As babás hoje estão ganhando um salário que muito formado em curso superior não ganha.
    Nada contra, melhor pra quem ganha e pra quem pode pagar.
    Mas delegar amor a um estranho, tendo babás até pra fins de semana (as famosas "folguistas"), é um absurdo sem tamanho.
    É a tal história:"Pobres meninos ricos"...
    Beijo!

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  4. Oi, Renata!
    Fui lá ler teu ótimo post e é aquilo que você falou, cada um leva a vida que quer e que gosta.
    Falo aqui daquelas mamães como as que vi ontem no hall de um pequeno shopping aqui do meu bairro. Elas não devem trabalhar, pois estavam junto com filhote e uma babá. Não são mães recheadas de filhotes, apenas um e não entendo porque precisam andar acompanhadas de uma babá pra cima e pra baixo.
    No caso de 3 filhos é perfeitamente normal ter uma pessoa para ajudar a cuidá-los, não é mole cuidar de filhos pequenos, ainda mais 3.
    O que presenciei e vejo vez ou outra em prédios e playgrounds, são babás novinhas, ouvindo seu funk da hora e cuidando de bebês enquanto a mãe trabalha fora, talvez apenas para pagar o salário da babá e fazer uma viagenzinha por ano com o marido. Nestes casos, penso que seria melhor cuidar de seus filhotes em casa mesmo e não ter babás.
    um beijo grande

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  5. Incrível Beth,

    Você falando e eu visualizando essa cena em áreas nobres aqui da cidade (quantas vezes já vi isso).
    Eu me dediquei quase integralmente ao meu filho nos primeiros cinco anos, viviámos pra ele (graças a Deus), porque hoje com a vida que levo se isso não tivesse acontecido acho que carregaria mais culpa ainda.
    Outro dia, ouvindo uma conversa no ônibs, a moça (babá) ligando para a mãe da criança porque ia chegar mais tarde e instruindo a mãe quantas gotas de remédio dar, quantos mls na mamadeira de que jeito que raspava a maça...
    Com certeza essa mãe não viu o primeiro passo do filho...

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  6. Muito boa essa!

    Os pais estão terceirizando a educação de seus filhos... A questão é: o que se faz com um filho???

    É rir pra não chorar, Beth!


    Beijos...

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  7. Ei Beth, adorei seu post. Quero agradecer sua ida ao blog dos meninos e não se sinta intrusa, viu? O blog é da família e dos amigos que vamos carregando pra vida.

    Quanto ao post eu, mãe de 3 meninos, quase bebês ainda, tem dias que clamo por uma babá ou uma ajuda... já que moro longe da família. Acho um ABUSO quem tem APENAS um filho, o primeiro, delegar os cuidados a outra pessoa. Ao menos nos primeiros meses deveria ser obrigação a mãe ficar com seu filho afinal, não foi ela quem quis ter? Podem jogar mil pedras, mas eu acho isso... pra quem tem um hein gente? Pra mais de um até concordo, até pro primeiro não ficar deixado às traças. Vivi um momento muito triste com meu mais velho quando chegaram os gêmeos. Imaginem a cabecinha de um garotinho de 2 aninhos recebendo não um, mas dois irmãos! Eu dava o peito a um deles e falei alguma coisa e terminei com meu amor. Estevão entrou e ouviu isso e as lágrimas começaram a escorrer pelo seu rosto e ele soluçava e chorava... precisei de uma pessoa pra me ajudar nestes momentos, pra nenhum lado sair perdendo, inclusive eu. E acho que o que a gente tem com o filho é um momento MARAVILHOSO que só quem tem pode sentir... deveria curtir e agradecer pq tem muita, mas muita mulher que daria tudo pra estar no lugar delas. Ai, falei.desabafei.Bjos

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  8. Exatamente, Fabiana, concordo plenamente que em casos como o seu e da Renata seja preciso uma babá ou uma ajudante para não sobrecarregar demais sua relação com marido e filhos. A mulher pode ficar estressada com tanto trabalho e influenciar sobre toda a família.
    Mas, uma mãe de primeira, com um bebezinho só não se justifica andar com uma moça empurrando o carrinho e segurando o bebê quando ele chora.
    Coisa de país com ranço da escravatura.
    um beijo grande

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  9. Estranhos coabitando o mesmo teto...

    Não se desenvolvem afinidades, interesses, assuntos e o pior, a sensação de estar apenas atrapalhando...

    No meu entender, filho tem que ser prioridade.

    beijos, querida e grata pela visita.

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