Meu nome é jangada.
Levo o pescador,
trago o pescado,
em outro tipo de estrada.
Amarrado aos mourões,
como um cão amigo.
Levo uma pequena vela comigo,
para dar carona ao vento.
A rede, nada de conexão,
de banda larga. É na largura certa do peixe.
De tardezinha, descansar,
dançando na beirada do rio
ou no atracadouro do mar, calmo mar.
O mar é amigo de meus troncos amarrados.
Essas madeiras alinhadas são o meu peito.
O mar conserta meus defeitos.
O rio aprimora minhas qualidades.
Saio bem cedinho. Faço um café do oceano,
e adoro ser um doce engano às tempestades.
(Moacir Eduão)
Moacir, você poetisa bem demais!
ResponderExcluirA jangda amarrada, como um cão fiel, foi uma imagem ótima.
O mar ser seu café, outra.
Aliás, sem destaques.
Cada frase uma surpresa boa.
Abraços!
Gostei do (BB)bombordo do poema,vou voltar a navegar nesta jangada.
ResponderExcluirAbraço
Oceanos e rios na inspiração do contar da vida.
ResponderExcluirbjs Parabéns
Lindo Moacir.
ResponderExcluirO mar é muito inspirador. E um pescador com sua jangada não poderia ser melhor.
Bjs no coração!
Nilce
Vim até aqui por indicação da Lúcia e gostei bastante do poema!...
ResponderExcluirUm abraço,
Manu
Poema lindo - como todos seus né Moá - ?
ResponderExcluirPrimeiro ele me trouxe a minha infância em duas cidades da Bahia que estão pinceladas nesse poema:
IBOTIRAMA E XIQUE-XIQUE...
Segundo a minha vontade latente e fixa (desde adolescente) de morar em uma aldeia de pescadores...
Beijo