sábado, 21 de julho de 2012

ENCORPADO COM RECHEIO MOLE


O título dessa crônica, iniciada há mais de um mês, era O Gordo. Eu adiei a publicação na expectativa de emagrecer e me poupar de assumir certas fraquezas. Mas não foi esse o motivo da mudança de título. É que apareceu uma reportagem daquelas extremas desse eufemismo para deixar tudo como está desde que falemos de forma diferente, chamado “politicamente correto”. Os parlamentares ingleses simplesmente estão propondo a eliminação do vocabulário através de lei, o uso das palavras gordo e obeso. É mole? É, mas pesado demais!

Incômodo assunto esse de obesidade. Eu não me acho gordo (quando estou sozinho é bom que se diga). Olhando no espelho daqui de casa só consigo observar algum sinal disso quando abaixo o queixo em direção ao peito e vejo formar-se uma papada no meu pescoço. Dizem os especialistas que isso é sintoma de sobrepeso. Há duas balanças públicas aqui perto de casa onde gosto de me pesar de vez em quando e sempre há 2 kg de diferença de uma para outra. Ponto para mim, que posso desacreditar ambas. Agora, quando estou em um lugar de muitas gente e alguns espelhos, aí a coisa fica cheia feia pro meu lado. No elevador de um hospital há pouco tempo, (daqueles que cabem 15 pessoas de uma vez e tem um espelhão  ao fundo, deu para notar que estou mesmo cheio). Mas como tinha mais gente reclamando, acusei o espelho de  deformador de corpos e saíram todos rindo satisfeitos. A única constatação que ainda não consegui transferir culpa foi para a chuva. Eu saí numa chuva normal, sem ventania e notei que ao chegar à padaria meus ombros estavam molhados e aí pude constatar que o meu velho guarda chuva já não consegue me cobrir toda a carcaça. E o teste mais eficiente do que qualquer balança que já fiz e nunca deixo de observar nos outros homens é o seguinte: ao calçar uma meia, se a perna se dobra no sentido longitudinal em direção ao queixo, sinal de que a barriga diminuiu e o peso, idem. Já quem dobra a perna na transversal para calçar  é gordo. Batata!


Quer saber sobre isso? Aqui

2 comentários:

  1. Como é que é? Os ingleses querem retirar esta palavra do dicionário deles? Mas lá é cheio de gordinhos, digo até gordões, pois vi isso in loco nas ruas e até alguns guardas pançudos eu vi.
    Besteira isso! O importante mesmo é se cuidar, não deixar que a cada ano cresça mais um pauzinho na balança e exercitar-se sempre que possível. Gordurinhas vêm com os anos, é super natural.
    bjs cariocas

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  2. Sou do tempo em que as mães adoravam ouvir "como é lindo o seu bebê, tão gordinho!". Depois "esta menina está cada vez mais linda, olha só estas dobrinhas no braço". Ou então "cada dia mais formosa e forte"... e por aí vai. Aí, veio a ditadura dos magros, da obrigação de fazer caminhada, frequentar academia e chorar todas as vezes que entra em uma loja e ver somente roupas PP penduradas. Sou saudável e a ;unica coisa que quero é ser feliz, com este excesso de meiguice que as pessoas insistem em chamar de sobre peso.

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