terça-feira, 13 de março de 2012

Janela de ônibus.


A manchinha ali na janela,
é a marca da donzela.
É feita de suor e cabelo
de alguém que se desmanchou
sem nenhum zelo.

Lágrimas rolaram discretas,
angustias fluiram diretas,
pensamentos formaram respostas
e silêncio coroou apostas.

Agora ela segue sem encostar,
a cabeça não vai mais manchar,
o vidro não vai melar.

Não há angustias a partilhar,
apenas um par de olhos
que ficam a brilhar
os belos sonhos,
que irá concretizar.

5 comentários:

  1. Uma janela não serve apenas pra apreciarmos a paisagem, né?
    Quanta coisa passa por nossas cabeças, enquanto fazemos uma viagem dentro de um coletivo, diariamente, sem nem olhar para fora...
    Olhos fechados (às vezes até se complementa o sono interromoido), tantos viajam tanto tempo, o trânsito engarrfado, a vida passando pela memória...
    Beijo!

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  2. Fiquei bastante feliz com a resposta ao poema! muito obrigada:D

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