segunda-feira, 24 de outubro de 2011

A FRESTA





corre os olhos na fresta da telha
corre, de solavanco, que o sol urge como o tempo.
vem o dia convocando aos primórdios,
como se a aurora fosse uma virgem.

crepusculada prostituta,
esta manhã invasiva.
carne vermelha e herbívora,
planta das horas que ninguem plantou
mas nasce,
nasce como uma víbora
saindo da placenta dos relógios. (Moacir Eduão)

4 comentários:

  1. Tempo miserável, que nos dá cavalos de troia - os dias - cheios de horas que nos roubam a vida e deixam em seu lugar saudades.

    Grato pela visita.

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  2. O tempo, Moacir.
    Sempre na ordem do dia.
    Chega célere e nos deixa à deriva, sem mostrar pra onde vamos, para quê, porquê.
    Abraços!

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  3. Lúcia Soares e Fernando de Souza. Grande abraço! Eu é que agradeço pela visita! Moacir Eduão

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  4. Sem palavras para tecer um comentário! Só a expressão: uau!

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