domingo, 11 de setembro de 2011

O BANQUETE


Cozinhar,
de três em três fatias.
Ao óleo, ao molho,
tudo que há escrito,
o que vai servir ao olho
e ao risco de algum grito.
Cozinhar... a palavra,
o texto... ou tudo frito.
Do que se disser,
do que for dito.
Espalhar numa grelha,
espetar em palito.
Dourar, corar,
usando toda espécie
de especiarias.
Cozinhar
porque crua
ninguém merece
o intuito desta lavra.
Cozinhar, e servir ao inútil
o fútil
e um prato cheio de palavras.

(Moacir Eduão)

2 comentários:

  1. Sim, a segunda guerra foi algo que feriu a humanidade. Sim, eu sei. Mas não gosto de ficar remoendo isso e ver pessoas frequentemente citando-a como referência à violência e dor do mundo. É algo lógico, cutucar a ferida impedirá que ela cicatrize.

    Sejamos sinceros, olhemos ao redor. Moramos em mundo em que a violência não foi iniciada e nem terminou pelas mãos de Hitler. Somos seres abomináveis que a natureza criou. Digo abomináveis porque sabemos simplesmente entender o que nos mostram e criticar sem parar para olhar pro lado e reparar em nossas próprias atitudes. Claro, nós podemos não destruir a vida de milhares, mas não buscar melhorar o simples meio em que se vive é tão terrível quanto isso, pra mim.

    Acho que escapei-me um pouco do texto, mas não pude controlar...

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  2. Concordo. Mudei o post. Abraços, Ana Seerig

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